data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: arquivo pessoal
Filha de Aparício Pacheco e Marieta Vargas Pacheco, Briolange Vargas Marques, 100 anos, nasceu em São Sepé. Ela foi criada ao lado de uma irmã, chamada Marieta, falecida.
Briolange foi casada durante mais de meio século com João Marques, falecido. O casal teve os filhos Nicolau Antonio, Danúbio, Paulo Sérgio, José Ernani, Francisco Guarani e Dulce Regina. Além disso, eles tiveram outros dois filhos que morreram enquanto ainda eram bebês. Briolange ganhou 14 netos, 20 bisnetos e uma trineta.
Ao longo dos anos, a sepeense se destacou como professora de escolas do interior do Rio Grande do Sul. Ela lecionou, principalmente, em municípios da Serra e proximidades. Trabalhou, também, em Ernestina, Marau, Nicola Vergueiro, até que a família se mudou para Santa Maria. No Coração do Rio Grande, ela passou a se ocupar como dona de casa.
Conforme Francisco Guarani, além de educadora, Briolange foi missionária católica.
- Ela preparava adultos para o casamento e os jovens para a primeira comunhão ou crisma. A atuação da mãe era como uma extensão do trabalho dos padres, uma mulher de muita fé.
data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: arquivo pessoal
Para ele, Briolange passou exemplos de honestidade, dignidade e carinho:
- Quando ela ouvia notícias a respeito da corrupção no governo, por exemplo, ficava muito triste. Ultimamente, a mãe estava decepcionada com o Brasil. Com ela, aprendi a ter atenção com os outros. Com sabedoria e generosidade, a mãe sempre tinha um conselho para nos dar.
Danúbio afirma que a mãe ensinou aos filhos a serem verdadeiros, além de terem fé em Deus:
- No interior, ela ministrou a primeira comunhão de meninos que, ao crescerem, se tornaram bispos. Uma de suas netas é irmã carmelita em Pelotas. A mãe nos deixou vários ensinamentos que guardamos com zelo e seriedade, como não mentir e não deixar os outros "pisarem" em nós. No dia a dia, ela repetia que "todos somos iguais".
Nicolau Antonio comenta que Briolange foi uma cidadã determinada a vencer: - Se havia algo que lhe tirava do sério, era mentira e desonestidade. A ética era essencial para ela. Briolange Vargas Marques morreu em 8 de outubro de 2019, de causas naturais. Ela foi sepultada no dia seguinte, no Cemitério Santa Rita.